sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

the underdog in an echoless world

Sofro de um excesso de verdadeiro-self
Uma incontrolabilidade da minha expressão criativa
Um preenchimento quase que permanente de uma sensação de mim
seja lá o que ela for - porque sim, varia
Onde quer que eu vá, sempre estarei lá
usando diferentes máscaras
mas todas faces de quem eu sou
e as coisas que eu digo parecem ecoar total e diferentemente do que eu havia programado
em momentos é apenas um olhar
ora transparente levantar de sobrancelhas
ora nebuloso poço escuro
às vezes não há qualquer eco
e eu sou o cão sarnento num mundo sem eco
latindo absurdos e coisas que soam como grosserias
porque o ego de muitas pessoas está no ouvido
elas vêem todo tipo de coisas
elas fazem todo tipo de coisas
elas tocam todo tipo de coisas
põe na boca qualquer porcaria
cheiram qualquer porcaria
Mas os ouvidos - ah, esses são feitos de casca de ovos
Ai de mim, também, de esperar que algo ecoe numa casca de ovo
casca dentro de casca
ambas ocas
Pra onde foi o ovo?

2 comentários:

Felipe disse...

Como um outro cão lá do outro lado eu digo:
Se é pra tocar qualquer coisa eu também quero fazer barulho.
Chega uma hora que não dpa mais pra cheirar qualquer coisa porque tem aquele cheiro específico que está la em algum lugar como diferença apenas percebida.
Nosso cotidiano está cercado por um perigoso silêncio. Porque aqui do outro lado pode haver um cara procurando essa diferença ou não. Por isso tem um série de bichos: os porcos, os vermes, os ratos...Nem sempre faz diferença pra mim, pra você ou pra nós a indiferença deles.

TALES FREY disse...

Vontade de gritar até quebrar todas as cascas!!! Se não existir nada dentro, que sobrem apenas os estilhaços!