Imerso na minha nova realidade de quem vem abstraindo muito as formas, vendo muitos contornos e possibilidades de expressão nas coisas mais sutis, lancei minhas palavras com majestade e disse, como o lanterneiro que ilumina o caminho à frente: "A sua visão da fotografia é quase uma pintura. Acho que você não devia fotografar, devia pintar."
E toda a certeza do que eu falei foi esvaziada por também palavras, mas essas cheias de doçura e do amor de quem entende de maneira muito profunda as diferenças entre as pessoas e seus universos, e disse "Eu não acho... essa é a sua opinião, não a minha."
Devidamente e, ainda bem, desinflado e desconstruído, ri alto e mandei-o sentar no canto de castigo para pensar na malcriação que fez à minha majestade.
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Há 11 anos